Centenas de fiéis das mais de 40 paróquias dos vicariatos São Mateus e São Pedro, região centro-sul de Aracaju, participaram na noite desta sexta-feira, 22, da décima primeira edição da Via-Sacra da Orla.
A primeira das 15 estações foi meditada nos arcos da orla da Atalaia. Desse local, os participantes seguiram em direção à região dos lagos da orla, espaço escolhido para a Santa Missa de encerramento, onde está ocorrendo a Vila da Páscoa.
As meditações dessa grande caminhada penitencial foram conduzidas pelo administrador apostólico da Arquidiocese, Dom Vítor Agnaldo de Menezes, e pelos sacerdotes e leigos presentes.
Os organizadores estimam que o número de fiéis foi bem superior ao registrado na Via-Sacra do ano passado.
Não permanecer indiferente perante a cruz de Cristo
“Percorremos, piedosamente, o caminho da cruz, a Via Sacra, meditando com fé as etapas da Paixão e Morte de Nosso Senhor. Nossos olhos voltaram a contemplar os sofrimentos e as angústias que nosso redentor teve que suportar para nos redimir do pecado e da morte, vencida na cruz de Cristo”, disse dom Vítor, na Santa Missa.
Para o administrador apostólico, ao recordar e reviver os últimos acontecimentos da vida terrena do Senhor, é impossível permanecer indiferente perante a sua morte. “Ele assumiu a nossa condição de miséria e, através do seu sofrimento e da sua morte ignominiosa na cruz, nos salvou do nosso último inimigo. A morte, em sua morte, foi vencida e já não tem nenhum poder sobre seus amigos”.
Via-Sacra e Campanha da Fraternidade
Na homilia, dom Vítor também estabeleceu uma relação entre a Via-Sacra e o tema da Campanha das Fraternidade deste ano: “Fraternidade e Amizade Social: vós sois todos irmãos e irmãs. O ponto é o seguinte: “A Cruz nos torna irmãos e irmãs”. O prelado enfatizou que “através do caminho doloroso da cruz, homens e mulheres de todas as épocas, culturas e povos, foram reconciliados e redimidos pelo sangue de Cristo, se converteram em amigos de Deus. O amor de Deus é universal, não faz acepção de pessoas”.
Observou que, “infelizmente, nem sempre conseguimos perceber a profundidade deste amor sem fronteiras que Deus tem por nós e por todos. O sacrifício de Jesus na cruz serve para a salvação de todos. Ele morreu para libertar a antiga humanidade da ignorância de Deus, do círculo de ódio e violência, da escravidão do pecado. Por isso, a cruz nos torna irmãos e irmãs, nos torna amigos”.
A Via-Sacra também contou com a participação de vários diáconos permanentes, seminaristas e membros de movimentos e pastorais da Arquidiocese de Aracaju.