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ARQUIDIOCESE DE ARACAJU

“O ESPÍRITO DO SENHOR ESTÁ SOBRE MIM, POIS ELE ME UNGIU PARA ANUNCIAR A BOA NOVA…” (LC 4,18)

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Caros irmãos no Sacerdócio que compõem o Presbitério da Arquidiocese de Aracaju, sejam diocesanos ou religiosos, neste dia santo em que temos o prenúncio do Tríduo Pascal, após a Missa Crismal em nossa Catedral, dirigi-vos uma palavra fraterna.

Um dia, o Senhor da vida e da messe passou pelas nossas vidas e olhou para nós com misericórdia (Mc 2,13-14), fomos fitados na profundidade de um chamado feito por Jesus para seguir a Ele que é Verdade, Caminho e Vida (Jo 14,6), e aqui estamos e somos gratos.

Hoje, ao renovarmos as nossas promessas feitas no dia da nossa ordenação, quantas memórias vêm ao nosso coração e o Espírito Santo reanima nossa alma, vocação e missão, e novamente nos envia. Tantos rostos e histórias marcaram aquele dia em que a Igreja disse “eu te acolho para a ordem dos presbíteros”. E a gente, ainda, talvez, sem entender, respondeu: “quero, com a graça de Deus”. Assim, a Igreja, ícone da Trindade, reconhecia a nossa oferta de vida e sinceridade de coração. E, como uma Mãe Amorosa, dizia: “acolho seu sim com amor, afeto, reconhecimento de uma vida doada!”. Ela estava dizendo pela Voz do Bom Pastor: “eu te ungi para profetizar um ano da graça, para curar as feridas da Alma” (Is 61, 1-3), e, assim, os anos passaram.

Podemos, após alguns anos, estar abatidos pelos cansaços, decepções, enfim , tantas lutas e tantos recuos que devem ser rezados e amadurecidos em Cristo para que Seu Sacerdócio nos reanime. Ele, o único mediador entre o Pai, por graça, nos viu e nos vê e nos diz: “Coragem! Eu venci o mundo” (Jo 19, 26-33).

Em meados do século passado, a Igreja no Concílio Vaticano II proclamara na Presbyterorum Ordinis um aceno de fé que vale lembrar: “…14. No mundo de hoje, sendo tantos os deveres a cumprir e tão grande a diversidade de problemas em que se angustiam os homens, frequentissimamente com urgência de solução, correm os mesmos homens o perigo de se dispersarem por muitas coisas. Também os presbíteros, implicados e dispersos por muitíssimas obrigações do seu ministério, podem perguntar, não sem ansiedade, como lhes será possível reduzir à unidade a sua vida interior com a sua ação exterior. Esta unidade de vida não pode ser construída com a mera ordenação externa do seu ministério nem apenas com a prática dos exercícios de piedade, por mais que isto concorra para ela. Mas, poderão os presbíteros construí-la, seguindo, na prática do ministério, o exemplo de Cristo Nosso Senhor, cujo alimento era fazer à vontade d’Aquele que O enviou para realizar a sua obra (21). Cristo, para continuar no mundo incessantemente a fazer a vontade do Pai mediante a Igreja, atua realmente pelos seus ministros, e assim permanece sempre o princípio e a fonte de unidade da sua vida. Portanto, os presbíteros alcançarão a unidade da sua vida, unindo-se a Cristo no conhecimento da vontade do Pai e no dom de si mesmos pelo rebanho que lhes foi confiado (22). Assim, fazendo as vezes do Bom Pastor, encontrarão no próprio exercício da caridade pastoral o vínculo da perfeição sacerdotal, que conduz à unidade de vida e ação. Esta caridade pastoral (23) flui sobretudo do sacrifício eucarístico, que permanece o centro e a raiz de toda a vida do presbítero, de tal maneira que aquilo que se realiza sobre a ara do sacrifício, isso mesmo procura realizar em si a alma sacerdotal. Isto, porém, só se pode obter, na medida em que, pela oração, os sacerdotes penetram cada vez mais profundamente no mistério de Cristo”.

Caros irmãos, termino com uma vida e uma vocação dentre tantas que precisam ser recobertas entre nós. E peço atenção e licença para citar sobre a vida daquele jovem padre que no início do século passado marcou a vida desta cidade de Aracaju e certamente ele do Céu intercede por nós, e com essa memória, em nome do nosso clero agradeço e rezo por cada um. Obrigado, de coração, pelo vosso sim generoso.

Hoje, recordamos os nossos padres idosos que, no silêncio da oferta, se imolam por nós, nas pessoas do Monsenhor Carvalho e do Padre Raul, sintam-se todos contemplados. No jornal Gazeta de Sergipe, conforme relato abaixo, era assim narrada a vida do Pe. Pedro, o santo de Aracaju. Rezemos com a vida desse e de tantos irmãos…

“Pelas ruas de Aracaju, andava bem ligeiro, um homem bom. Era Padre e vestia uma inconfundível batina preta. Era Padre Pedro, um exemplo de amor ao próximo. Quem o conheceu sabe bem o que estou falando. Pedro Alves de Oliveira, Padre Pedro, nasceu na cidade de Riachão do Dantas no dia 03 de julho de 1904. Foram dez irmãos, mas só cinco vingaram. Dentre eles o Pintor J. Inácio. Chegou a morar nas cidades de Estância e São Cristóvão ainda pequeno. De uma família Católica, rezava todos os dias com a sua mãe, que era devota de Nossa Senhora. Quando mudou para Aracaju, morando na rua Capela, chegou a ser Sacristão da Catedral onde tocava o sino e ajudava na Missa. Nesta época, o responsável pela Catedral era o Cônego Sarapião Machado, que foi uma figura importante para a entrada de Pedro rumo ao Seminário.

A Mãe de Pedro tinha um sonho de ver um filho se tornar Padre. Já no Seminário, sendo um bom aluno, passou a ensinar Português, Francês e Latim na própria instituição. No dia 8 de dezembro de 1928, dia de Nossa Senhora da Conceição, Padroeira de Aracaju, Pedro Alves de Oliveira foi ordenado Padre. Como Padre, foi vigário nas cidades de Propriá, Rosário do Catete, Maruim, Santo Amaro das Brotas, Tobias Barreto e Arauá. No Hospital Santa Isabel, onde foi Capelão por mais de 40 anos, as suas visitas eram diárias. Ele conversava com os doentes e os seus familiares. Pelas ruas de Aracaju ele conversava e dava conforto espiritual aos mendigos. Todos os dias ele saía pelas ruas de Aracaju, a pé, a distribuir pão para os necessitados. Não aceitava carona de ninguém. Ele vivia na prática o Mandamento da Lei de Deus: “Amar ao próximo como a ti mesmo”. Também foi Professor, lecionando na Escola Normal, no Colégio Tobias Barreto, no Atheneu e no Seminário. As suas missas eram rápidas, com sermões curtos. Assisti a muitas na Igreja Nossa Senhora do Rosário. Lembro-me que, antes do início da Missa, havia a confissão com o Padre Pedro. Antes de confessar ele fazia algumas perguntas sobre religião.” (Jornal Gazeta de Sergipe nr. 8.692 – 31.10.1987. José de Oliveira B. Filho).

Na sua homilia da Missa do Santo Crisma hoje cedo o Papa Francisco citava tantos exemplos de padres do Ocidente e do Oriente, e nos animava dizendo “essas ofertas, caros irmãos, essas pessoas, essas vidas, não são poesia, são puro sacerdócio de Cristo…” Somos cada um de nós em nossas labutas, ofertas e combates.

Ao nosso Clero eterna gratidão pelo sim generoso no serviço e ministério sacerdotal. Com estima e afeto aos padres de ontem e de hoje desta Arquidiocese de Aracaju.

Pe. Anderson Gomes – Representante do Clero

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