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ARQUIDIOCESE DE ARACAJU

Em carta, Pastorais Sociais renovam o compromisso com os excluídos

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Documento recorda a fidelidade de Deus aos pobres e destaca o testemunho histórico da Igreja na defesa da dignidade humana e da justiça social.

A Arquidiocese de Aracaju, por meio do Assistente Eclesiástico das Pastorais Sociais, Pe. João Cláudio da Conceição, apresenta uma carta que reafirma o compromisso da Igreja em permanecer ao lado dos excluídos. O texto recorda a fidelidade de Deus para com os pobres ao longo da história da salvação e destaca o testemunhos, bem como a atuação contínua das pastorais sociais em favor da dignidade humana e da justiça.

 

Confira o texto na integra: 

AS PASTORAIS SOCIAIS PERMANECEM AO LADO DOS EXCLUÍDOS

As páginas da Sagrada Escritura mostram que Deus ouve o grito do seu povo. Enviados por Deus, os profetas denunciam todo tipo de opressão e anunciam caminhos de fraternidade e salvação. Deus não compactua com a escravidão e deseja iluminar a sociedade atual com a sua Palavra, Fonte perene de libertação. (Êxodo 3,7-8)

Ao delinear o rosto de Deus, a Sagrada Escritura o apresenta como um Pai com traços maternos, ou seja, com um olhar atento sobre todos, mas especialmente sobre os filhos e filhas mais necessitados. Deste modo, a Palavra Sagrada nos faz enxergar a presença de Deus ao lado do órfão, da viúva e do estrangeiro. Deus está sempre vigilante, cuidando com predileção do pobre, do excluído e do marginalizado.(Deuteronômio 14,28-29)

As páginas do Novo Testamento mostram a decisão divina de não mais enviar profetas. Assim, Deus se apresenta como Emanuel, isto é, o Deus-Conosco, que em Jesus Cristo, conhece de perto a dura luta humana no cotidiano da carpintaria, ao lado de José, o seu pai adotivo. (Mateus 1,23; Marcos 6,3)

O pacto com os últimos e os esquecidos continua mantido ao longo da missão de Jesus Cristo. É por tal motivo que o encontramos ao lado da mulher que estava prestes a ser apedrejada pelos seus acusadores. Jesus caminha na contramão da cultura do seu tempo, quando está apoiada sobre visões discriminatórias, que desrespeitam a dignidade da mulher. (João 8,1-11)

Olhando para a caminhada da Arquidiocese de Aracaju e das pastorais sociais, não poderíamos deixar de acentuar o trabalho realizado por Dom Vicente Távora, particularmente no tocante a elaboração da pastoral da mulher doméstica.

O episcopado de Dom Vicente Távora, conduzindo a Arquidiocese de Aracaju, se estendeu durante dez anos, precisamente de 1960 até 1970.

Sabemos que a década supramencionada foi bastante conturbada para a política brasileira e,consequentemente para o povo sergipano, mas a Igreja Católica através das pastorais sociais, não mediu esforços para permanecer ao lado das mulheres silenciadas e das pessoas mais vulneráveis.

Somente décadas mais tarde, em 2015, durante a presidência de Dilma Rousseff, foi que a sociedade brasileira passou a contar com um instrumento jurídico voltado especialmente para os direitos das mulheres que exercem o trabalho doméstico.

O longo episcopado de Dom Luciano Cabral que se estendeu de 1970 até 1998, além de ser marcado pelos esforços em prol da instauração da Universidade Federal de Sergipe (UFS), foi responsável peloprojeto conhecido como PROCASE, Promoção do homem do campo de Sergipe.

O referido projeto doou terras que concretizaram o direito à moradia de várias famílias em Sergipe, estreitando laços entre a Arquidiocese e a necessidade de uma reforma agrária responsável, pacífica e humanizadora.

Deste modo, a Arquidiocese de Aracaju exerce um pioneirismo no que diz respeito ao compromisso histórico na caminhada ininterrupta em prol da afirmação dos direitos humanos, visto que, há mais de 40 anos, sabe o que significa permanecer ao lado de mulheres que tinham os seus direitos negados, empenhando-se para alfabetizá-las e capacitando-as para o exercício de outras profissões.

O aludido pioneirismo da Arquidiocese, também é relido à luz do artigo 6º da Constituição Federal de 1988, que reflete sobre a moradia, como um direito fundamental de todas as pessoas.

Hoje, a Arquidiocese, continua comprometida com os irmãos e irmãs excluídos da sociedade. E como vislumbrar tal compromisso? Os Leigos e leigas, religiosos e sacerdotes estão presentes nos hospitais, realizando um serviço heroico com a Pastoral da Saúde.

Frequentemente, os leigos visitam os presídios masculino e feminino e, auxiliados pela Pastoral Carcerária, dedicam-se à ressocialização e ao acompanhamento fraterno de nossos irmãos, privados de liberdade.

Com quatro décadas de caminhada na Arquidiocese de Aracaju, a Pastoral da Criança, continua cuidando da primeira infância, daqueles que são o presente e o futuro da humanidade.

A Igreja não abre mão da sua vocação de mediadora, de ponte que viabiliza os acessos necessários para que os direitos sejam respeitados e todas as pessoas usufruam das riquezas que formam o bem comum social.

Nesse sentido, a Arquidiocese e as pastorais sociais estão e permanecerão à disposição das pessoas mais vulneráveis da sociedade. Cada paróquia da Arquidiocese é um porto seguro para quem precisa de apoio e consolo.

Os organismos sociais presentes no Estado de Sergipe, podem contar com o serviço da Arquidiocese de Aracaju e com as pastorais sociais, para que, através do diálogo, busquemos com as autoridades políticas, melhorias que propiciem qualidade de vida para todas as pessoas.

A luta em prol da justiça e da equidade, continua sendo a consequência natural da pregação de um Evangelho encarnado nas realidades desafiadoras, nas periferias existenciais da sociedade atual, como afirmava o Papa Francisco.

Em suas declarações, ele nos convidava a ser uma Igreja pobre e para os pobres. Uma Igreja como um hospital de campanha, que é instalado nos lugares mais carentes, perto das pessoas mais atingidas pela fome e pela falta de moradia.

A Pastoral do povo em situação de rua, continua indo ao encontro das pessoas famintas, privadas de pão, de dignidade e de direitos fundamentais.

Os esforços de ontem e de hoje, e ainda aqueles que virão, são capazes de manter os nossos olhos bem abertos, para que nada fragilize a democracia no Brasil, terra de cruzes e de Ressurreição.

Retomando a herança ambiental dos povos originários, das comunidades quilombolas e ribeirinhas, colocamos a pastoral do meio ambiente à disposição dos organismos sociais e das autoridades políticas, para traçar planos de combate ao desmatamento em favor do desenvolvimento sustentável e do cuidado com a Casa Comum.

Nas Paróquias, nas capelas, ao lado do povo sofrido, e ainda dialogando com as autoridades políticas, a Igreja Católica retoma o mesmo grito de Cristo que ressoa ao longo da história: Eu vim para que todos tenham vida em abundância (João 10,10).

Pe. João Claudio da Conceição

Assistente Eclesiástico das Pastorais Sociais

Aracaju (SE), 05 de setembro de 2025.

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