A Catedral Metropolitana de Aracaju acolheu, na manhã desta quarta-feira (5), a celebração que marcou o início da Quaresma. A Missa de Imposição das Cinzas foi presidida pelo arcebispo metropolitano, Dom Josafá Menezes da Silva, em um momento de profunda espiritualidade e reflexão.
Durante a celebração, foi realizado o rito da imposição das cinzas, símbolo da conversão e da penitência. As cinzas utilizadas na celebração foram obtidas a partir da queima dos ramos abençoados no Domingo de Ramos do ano anterior.
Em sua homilia, Dom Josafá destacou o caráter de renovação espiritual próprio da Quaresma. “Adentramos um novo tempo, e o Senhor pode restituir a nossa vida e nos dar um caminho novo. Eis o tempo favorável, eis o dia da salvação! Deus nos dá todos os anos a possibilidade de voltarmos à casa do Pai, ao Seu coração misericordioso”, afirmou o arcebispo.
O prelado também enfatizou os três pilares da Quaresma: jejum, oração e esmola. “Não se trata apenas de cumprir formalmente a Quaresma. Devemos vivenciá-la com profundidade. O jejum, realizado nas quartas e sextas-feiras, a oração constante e a prática da esmola, nos aproximam de Deus e nos ajudam a ordenar nossos afetos, purificando nossa existência”, explicou.
A caridade, segundo Dom Josafá, é um meio de alcançar a graça divina. “Viver a esmola é experimentar o amor de Deus por meio do cuidado com os outros”, acrescentou. A celebração reuniu fiéis, seminaristas e o pároco da Catedral, Padre Peixoto; marcando o início do caminho de preparação para a Páscoa.

QUARESMA
O nome desse tempo litúrgico deriva da palavra latina quadragésima. A exemplo de Jesus, que se retirou no deserto por quarenta dias para orar e jejuar antes de iniciar sua vida pública, os cristãos são convidados a um “retiro e recolhimento” em vista das celebrações dos mistérios da Paixão, Morte e Ressureição do Senhor.
Para vivenciar com profundidade o processo de conversão quaresmal, a Igreja propõe um caminho baseado em três práticas que se desdobram em muitas outras: o jejum, a oração e a esmola (caridade), que “exprimem a conversão, em relação a si mesmo, a Deus e aos outros”.
Cinzas – A Quarta-feira das Cinzas é um dia especialmente penitencial, em que os cristãos manifestam seu desejo pessoal de conversão a Deus por meio do rito penitencial de imposição das cinzas. Durante a imposição das cinzas na cabeça do fiel, o celebrante profere uma das duas fórmulas litúrgicas retiradas da Sagrada Escritura: “Lembra-te que és pó e ao pó voltarás” (Gn 3, 19) ou “Convertei-vos e crede no Evangelho (Mc 1, 15), recordando a condição de pecadores das pessoas que vão recebê-las.
Jejum e abstinência – Tanto na Quarta-feira de Cinzas quanto na Sexta-feira da Paixão, a Igreja prescreve o jejum e a abstinência de carne como um sacrifício em memória da Paixão de Cristo, que entregou a sua carne para a salvação da humanidade. A abstinência de carne é prescrita a todos os maiores de 14 anos, enquanto o jejum, aos maiores de 18 anos até os 60 anos. As pessoas doentes ou que estão muito debilitadas não estão obrigadas a cumprirem esse preceito.



Da redação, Layla Kamila (DRT – 2916/SE) Assessoria de Comunicação (ASCOM).
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