O arcebispo metropolitano de Aracaju, Dom Josafá Menezes da Silva, divulgou mensagem para a Quaresma, convidando os fiéis a aprofundarem a vivência deste tempo litúrgico como um caminho de esperança e renovação espiritual.

Inspirado na passagem bíblica “Eis o tempo favorável! Eis o dia da salvação!” (2 Coríntios 6,2), Dom Josafá destaca que a Quaresma não se limita à meditação sobre os sofrimentos de Cristo e à penitência, mas também fortalece a confiança na vitória pascal. Ele lembra as palavras que proferiu na inauguração do Ano Jubilar da Arquidiocese de Aracaju, em dezembro de 2024: “A esperança não decepciona” (Romanos 5,5).

A mensagem do arcebispo está em sintonia com o tema do Jubileu de 2025, Peregrinantes in Spem (“Peregrinos na Esperança”). Ele reforça que a caminhada cristã exige movimento e desapego do que é passageiro, mas deve ser vivida em comunidade. “Não caminhemos sozinhos, pois precisamos uns dos outros”, exorta Dom Josafá.

Confira a mensagem na íntegra:

“Eis o tempo favorável! Eis o dia da salvação!” (2 Coríntios 6,2)

Chegamos à Quaresma. Este Tempo Litúrgico reúne, além da meditação acerca dos sofrimentos de Jesus e da penitência que nos é cabida, a esperança que o Senhor, ao subir à Cruz e dela triunfar, nos traz consigo. Quaresma é também tempo de esperança e de esperança pascal.

Ao apresentar esta mensagem, rememoro, em viva exortação, as palavras que proferi em 29 de dezembro de 2024, ao inaugurar o Ano Jubilar na Igreja Particular de Aracaju, na Catedral Metropolitana: “Inspirados pela certeza de que ‘a esperança não decepciona’ (Rm 5,5), somos chamados a redescobrir a centralidade da esperança cristã em nossa caminhada de fé.”

Este convite, que faço como Pastor da Igreja de Aracaju, em união com o Sucessor de Pedro, o Papa Francisco, não visa apenas o enriquecimento individual do cristão, pois a esperança também possui um caráter comunitário, haja vista nossa sintonia com a temática deste Jubileu: “Peregrinantes in Spem”, isto é, “Peregrinos na Esperança”. Peregrinar implica a ideia de desinstalação, de movimento. De fato, peregrinamos em direção a Cristo; desinstalamo-nos deste mundo porque esperamos Nele. Entretanto, uma caminhada acompanhada se mostra mais branda — quiçá, mais segura. Não caminhemos sozinhos, pois precisamos uns dos outros. Há muitos que esperam por nós, porque somos de Cristo. Sejamos apoios na fé para eles, para que não fraquejem com a nossa ajuda; antes, façamos com que, juntos, esperemos Naquele que não confunde, que não ilude. “Que todos possam viver o Jubileu como um encontro vivo com Jesus Cristo, para que saibam que Ele é a nossa Esperança” (Homilia da Missa de Abertura do Jubileu Ordinário de 2025 na Arquidiocese de Aracaju).

Maria nos anima com a sua própria Esperança. Dentre tantos momentos de sua jornada sobre esta terra, enquanto peregrinava na Esperança, destacamos, sobretudo, que, no Calvário, quando tudo parecia perdido, ela aguardava a completa e iminente vitória de Cristo sobre a morte, conforme o próprio Ele havia anunciado. A certeza da esperança em Maria era ainda maior, pois ela estava confirmada em graça e preservada de todo pecado. Entretanto, não ousemos pensar que os momentos de esperança na vida da Virgem eram estanques e pontuais. Não; antes, eram vívidos e constantes.

Neste tempo tão rico da vida da Igreja, olhemos e aprendamos com Maria, a Virgem das Dores, a Mãe do Ressuscitado, a Estrela da Esperança.

Dom Josafá Menezes da Silva
Arcebispo Metropolitano de Aracaju

Da redação, Layla Kamila (DRT – 2916/SE) Assessoria de Comunicação (ASCOM), com informações históricas do Regional Nordesde 3.
Fotografia capa: Governo do Estado de Sergipe.

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