Os sacramentos da Igreja acompanham todas as etapas da vida cristã. Pelo Batismo, Eucaristia, Crisma, Confissão, Unção dos Enfermos, Ordem e Matrimônio, os fiéis recebem graças que dão origem, crescimento, cura e missão à fé.
Entre os sacramentos de cura, a Confissão ocupa lugar central. Por meio dela, o cristão é reconciliado com Deus e tem seus pecados perdoados. O Catecismo da Igreja Católica ensina que esse sacramento é essencial à vida espiritual e à comunhão com os demais sacramentos.
Durante a Quaresma, a Arquidiocese de Aracaju realiza mutirões de confissão em diversas paróquias. A ação facilita o acesso ao sacramento, especialmente nas semanas que antecedem a Páscoa. Na noite de 1º de abril, foi a vez da Paróquia Sagrado Coração de Jesus, no Conjunto Agamenon Magalhães, acolher os fiéis do Vicariato Regional São Paulo.











O templo permaneceu cheio durante toda a celebração penitencial. Em silêncio, muitos esperaram o momento de se confessar com um dos vários sacerdotes disponíveis. “Através da confissão nós somos perdoados dos nossos pecados e nos reconciliamos com Deus”, explicou o pároco, padre Ronaldo Rodrigues dos Santos. “Assim podemos voltar a receber os demais sacramentos, pois já não estamos em pecado.”
No número 1424, o Catecismo descreve o sacramento como “confissão”, tanto dos pecados como da santidade de Deus. Nele, o fiel não só reconhece suas faltas, mas louva a misericórdia divina. Ao receber a absolvição do sacerdote, o penitente experimenta o perdão e a paz.
Em suas catequeses, o Papa Francisco insiste que os cristãos não devem ter medo de se confessar. Segundo o Pontífice, a vergonha dos pecados não pode paralisar o fiel nem fazê-lo duvidar do amor de Deus. “Deus se regozija em nos perdoar, toda vez”, afirma o Papa. “Quando Ele nos levanta, acredita em nós como da primeira vez. Ele não vê pecadores para rotular, mas filhos para amar.”
O evangelho deste tempo quaresmal nos volta para a parábola do filho pródigo para ilustrar o acolhimento divino. “Trazei depressa a melhor túnica para vestir meu filho. E colocai um anel no seu dedo e sandálias nos pés.” (Lc 15,22). Esse movimento — da vergonha à alegria — revela o coração de Deus.
Inspirados por esse ensinamento, os mutirões promovidos pela Arquidiocese são verdadeiros sinais do amor de Deus em meio ao povo. A programação segue em diferentes comunidades até o início do Tríduo Pascal.
Texto: Layla Kamila (DRT – 2916/SE) – Assessoria de Comunicação
Imagens: PASCOM – Paróquia Sagrado Coração de Jesus,