RÁDIO
SOU MAIS
CULTURA

ARQUIDIOCESE DE ARACAJU

NÃO SEJA SEPARADO O QUE DEUS UNIU!

Compartilhar:

Diante de tantas mazelas que aparecem com a degradação moral do indivíduo humano, instauram-se certas anomalias que tendem, a todo custo, transmutar valores instituídos por Deus para a realização da Sua obra e para a consecução de nossa felicidade. Adentram em nosso meio noções falsificadas de família que, em muito, diferem do deixado pelo Criador, que sonhou a união entre homem e mulher para ser geradora de vida, baseada no amor a Deus e no sentimento típico nutrido entre seres que se querem e, ao se quererem, prometem amor e fidelidade um ao outro por toda a vida, e, assim, respondem a um chamado feito por Deus mesmo, a uma vocação.

Ao instituir o Sacramento do Matrimônio, afastando o desafeto que mina o amor familiar, o Senhor foi bastante enfático ao reprisar – tanto para os seus interlocutores (os fariseus, que eram permissivos ao divórcio) quanto à nós – o plano original de Deus, já trazido pelo livro do Gênesis (cf. Gn 2,21): “Desde o começo da criação, Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não são dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe” (Mc 10,6-9). Desta maneira, além de sacralizar como amor a atração natural entre homem e mulher, elevando-a a Sacramento, fala da indissolubilidade do Matrimônio, e de como Deus se vale da família para renovar a criação. Por isso, após falar do almejado por Deus desde a criação do mundo – a mulher para o homem e o homem para a mulher –, Nosso Senhor Jesus Cristo, tocando as crianças e aborrecendo-se com quem queria afastá-las de Si, ainda abençoa a prole conjugal. E, deste modo, a família é abençoada por Deus em toda a sua inteireza.

Criados homem e mulher para que, cada sexo, pela naturalidade de sua afetividade que une corpo e alma, amem-se, procriem, se vinculem em comunhão, sempre se há de levar em absoluta consideração a sua identidade sexual, entendida à luz da bênção divina, que se ordena para o Matrimônio. Daí o Catecismo da Igreja Católica afirmar: “Cada um dos dois sexos é, com igual dignidade, embora de modo diferente, imagem do poder e da ternura de Deus. A união do homem e da mulher no matrimônio é um modo de imitar na carne a generosidade e a fecundidade do Criador […] Desta união procedem todas as gerações humanas” (n. 2335). Com tal citação, já vemos repelidas as teorias desumanas do machismo, do feminismo, da ideologia de gênero, das práticas homossexuais e afins, por não se enquadrarem como salutares reflexões da sexualidade humana.

É, principalmente, na ética da moral sexual católica que vemos conjugadas a lei natural e Lei divina, esta última conhecida por nós pela Revelação, que se apresenta, em Jesus Cristo, como proposta única de salvação. E São João Paulo II, nas suas catequeses sobre a Teologia do Corpo, nos dizer: “O ser humano, a quem Deus criou ‘homem e mulher’, carrega a imagem divina impressa no seu corpo ‘desde o princípio’; homem e mulher constituem duas formas diferentes do humano ‘ser corpo’ na unidade daquela imagem” (Audiência Geral de 02.01.1980).

Mas, e o divórcio? Propagandeado pelos fariseus no Evangelho de hoje, e, na atualidade, por tantas vozes e situações malévolas, pecaminosas, o divórcio é, em muitos e crassos casos, a ‘descartabilidade’ de um sentimento que deveria ser perene. Muitos pensam que o amor é automático; que não deve ser desenvolvido com muito esforço; que é, simplesmente, uma aventura baseada no “cara ou coroa”, na sorte, ou no “se der certo, deu”. Não. O vínculo matrimonial é para toda a vida, porque, dado livre e espontaneamente diante de Deus, no amor, é sagrado. Não se esqueçam: o amor no casal cristão deve ser sempre tentado no constante recomeço do perdão. Por isso, Jesus dizer, em contrário ao divórcio: “Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés escreveu este mandamento [permitindo a inscrição de uma certidão de repúdio à mulher]” (Mc 10,5). O divórcio sempre foi uma preocupação na vida da Igreja, que ama todos os seus filhos, e os quer ver juntos e felizes, realizando em si mesmos o sonhado por Deus, até que a morte, naturalmente, os separe.

Estamos na ocasião de um pleito eleitoral, onde está em jogo não, simplesmente, nomes de candidatos, mas ideias. Tenhamos cuidado, meus irmãos! Bastante se fala sobre saúde, educação, moradia, segurança pública… Tudo isso é importante, é certo. Entretanto, o núcleo da vida social é a família. E, para o nosso voto, perguntemo-nos: “E o problema do amparo da família, tal como foi deixada por Deus? Estão os nossos candidatos a proporem políticas de promoção à vida familiar?”. Creio que a Liturgia da Palavra deste domingo é bastante provocativa. Que Deus nos dê o devido discernimento para, como cidadãos e eleitores, fazermos a nossa parte na defesa do lar cristão, do nosso e dos demais.

Padre Everson Fontes Fonseca,
pároco da paróquia Sagrado Coração de Jesus (Grageru).

Compartilhar:

Categorias

OUTRAS NOTÍCIAS

vulkan vegas, vulkan casino, vulkan vegas casino, vulkan vegas login, vulkan vegas deutschland, vulkan vegas bonus code, vulkan vegas promo code, vulkan vegas österreich, vulkan vegas erfahrung, vulkan vegas bonus code 50 freispiele, 1win, 1 win, 1win az, 1win giriş, 1win aviator, 1 win az, 1win azerbaycan, 1win yukle, pin up, pinup, pin up casino, pin-up, pinup az, pin-up casino giriş, pin-up casino, pin-up kazino, pin up azerbaycan, pin up az, mostbet, mostbet uz, mostbet skachat, mostbet apk, mostbet uz kirish, mostbet online, mostbet casino, mostbet o'ynash, mostbet uz online, most bet, mostbet, mostbet az, mostbet giriş, mostbet yukle, mostbet indir, mostbet aviator, mostbet casino, mostbet azerbaycan, mostbet yükle, mostbet qeydiyyat