por Pe. João Claudio é pároco da paróquia Santa Teresinha do Menino Jesus – Bairro Robalo
Desde a elaboração do Documento de Aparecida, a Igreja peregrina sobre todo o Brasil, reflete sobre a expressão: discípulos-missionários. Ambas fazem parte de uma mesma realidade, que revela os corações atraídos por Jesus Cristo. No Evangelho, Jesus oferece resposta a cada pergunta feita pelos discípulos. Como relata o trecho de João, Jesus interpela os discípulos, perguntando: ‘O que vocês estão procurando?’ Os discípulos responderam: ‘Mestre, onde moras?’ E Jesus, responde: ‘Venham, e vocês verão’ (João 1, 38-39).
O primeiro capítulo do Evangelho de João descortina o núcleo de todo discipulado: permanecer em Jesus. Os discípulos não privilegiaram o calendário, nem as anotações nas agendas. A primeira ação pastoral consiste em permanecer com Jesus. E aqui temos um dado relevante para a oração pessoal, sobretudo durante a quaresma que se aproxima: Qual o lugar da oração em minha vida? A oração é minha prioridade? As nossas paróquias são Casas de oração, como Jesus descreve no seu Evangelho? ‘A minha Casa é Casa de oração!’ Essa foi, é e sempre será a vontade de Jesus para toda a sua Igreja (Lucas 19, 46).
O Espírito Santo suscitou no coração do Papa Francisco, a vontade de Deus, Pai Amoroso, para todos nós, seus filhos e filhas. Proclamando o Ano da Oração para a Igreja e o mundo inteiro, somos convocados ao reexame daquilo que é essencial para todo discipulado, ou seja, permanecer em Cristo, como exposto no Evangelho de João: ‘Quem permanece em mim, e eu nele, dará muito fruto, porque sem mim, nada podeis fazer’. A oração é a primeira ação social que alcança os famintos, os descamisados, os encarcerados de uma sociedade que ao tomar distância de Deus, não se tornou mais humana, ao contrário, tornou-se, violenta e sempre mais desumana (Mateus 25, 31-46).
O que devemos fazer? É sem dúvida uma pergunta que encontra abrigo em nosso coração. Como viver o Ano da Oração proclamado pelo Papa Francisco? A obra de Deus é iniciada, mantida e concluída pela oração. Assim, é fundamental: priorizar a oração na abertura e na conclusão das reuniões dos grupos, movimentos e pastorais; cultivar momentos de oração não apenas com o meu grupo, mas com os irmãos de outras denominações pastorais, de grupos e movimentos distintos; preparar-se para a maior de todas as orações, a Santa Missa, chegando com antecedência, para serenar o coração através da força da oração.
Santa Teresinha, discípula-missionária, mulher de oração que sempre permaneceu em Jesus, rezará por nós para que acolhamos os dons do Espírito Santo, que são os frutos preciosos da oração. Com Santa Teresinha, rezemos: ‘A minha Casa é Casa de oração!’.