A catedral metropolitana de Aracaju realizou, na manhã desta Quinta-feira Santa, 28, uma das principais celebrações litúrgicas que recordam os eventos cruciais da paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo: a Missa dos Santos Óleos.
É a cerimônia em que os óleos sagrados do batismo e da unção dos enfermos são benzidos pelo bispo e o óleo do crisma é consagrado também pelo bispo para uso nos sacramentos ao longo do ano.
A solene celebração foi presidida pelo administrador apostólico da Arquidiocese, dom Vítor Agnaldo de Menezes, e concelebrada pelo arcebispo emérito, dom José Palmeira Lessa, e por dezenas de sacerdotes. Vários seminaristas e diáconos permanentes e transitórios auxiliaram nos serviços no altar.
Também chamada de Missa Crismal, a sagrada liturgia se constitui em ocasião especial para a renovação dos votos sacerdotais.
Ministros para curar as feridas
Na homilia, dirigindo-se aos sacerdotes, dom Vitor assinalou: “Eis o que somos o fundamento da missão que recebemos: sacerdotes do Senhor, ministros de nosso Deus para curar as feridas”. Para o administrador apostólico “todo sacerdote é um agente da misericórdia divina, e, como nos diz o Papa Francisco, misericórdia significa, acima de tudo, curar as feridas”.
Dom Vítor pontuou ainda que o Papa tem indicado os sacerdotes “como remédio para ajudar a curar as feridas do nosso povo, sobretudo daqueles que fazem parte do nosso rebanho, a pregação, os gestos, os sinais, as decisões pastorais, na eleição de devolver prioridade ao Sacramento da Reconciliação e as obras de misericórdia”
O prelado exortou aos sacerdotes no sentido de “exalar o bom odor de Cristo para a nossa gente através do exemplo que edifica, da Palavra boa que constrói vida e esperança, porque é a Palavra de Deus, dos sacramentos bem celebrados, que edificam e santificam e da oração que abençoa e une ao Senhor”.
Na Santa Missa em que a Igreja louva a Deus pela instituição do ministério sacerdotal, Dom Vitor Agnaldo admoestou aos padres para que “nunca nos cansemos de nos surpreender por tão grande dom recebido, sem nenhum mérito de nossa parte, graças, tão somente, a Deus que nos olhou com misericórdia e nos escolheu. Somos insuficientes, pecadores, cheios de fragilidades, mesmo assim, Ele nos escolheu nos ungiu e nos enviou. Animados e contando com a graça de Deus que exige também o nosso esforço, renovemos, neste momento o nosso “sim” ao chamamento de Deus”.
Durante a Santa Missa, o chanceler do Arcebispado, padre Everson Fontes Fonseca, fez a leitura da provisão de nomeação do padre Rogério de Jesus Santana, pároco da paróquia São José de Anchieta, para o ofício de vigário episcopal do Vicariato São Mateus, em substituição do padre Vadson Monteiro.
Fotos: Léo Rocha e Carlos Barbosa